quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Pensamento do método experimental de Francis Bacon e o pensamento e raciocínio filosófico de René Descartes.


Francis Bacon:
As idéias de Bacon e sua defesa da experimentação e do método empírico representam os alicerces da ciência moderna. Para o autor do Novum Organum, a ciência é uma ferramenta para a criação de novo conhecimento que pode ser usada para promover avanços no bem-estar e no progresso do ser humano. Com efeito, o grande mérito de Bacon está em ter percebido os obstáculos existentes no caminho do progresso das ciências.
O filósofo inglês ensinava que os sentidos do homem são infalíveis e representam a fonte de todo o conhecimento válido, quando guiados pelo método científico. Ele fes a apologia do método experimental, propondo a indução como recurso necessário para se atingir os princípios mais gerais dos fenômenos naturais. O método indutivo parte sempre de fatos específicos, particularizados e observáveis, suficientemente catalogados e enumerados, para se chegar a uma conclusão geral universal.
Será através do estudo e da observação dos casos particulares que se chegará às verdades mais gerais e, nesse processo, a experimentação se faz imprescindível. O ‘’profeta da técnica’’, como Bacon fora chamado, fez da experimentação a base de seu método, sem, entretanto, prescindir da razão.
O processo de indução não visa outra coisa senão estabelecer a causa dos fenômenos naturais, ressaltando a necessidade de que sejam constatadas as teorias através dos seus resultados. Tal método caracteriza, ainda hoje, o processo da ciência experimental.

René Descartes:
 Quando o filósofo francês René Descartes escreveu as suas "Meditações", em 1641, deparou-se com um problema técnico. Tinha que mostrar ao leitor, ou melhor, provar, a dificuldade que nós temos em confiar nas percepções dos sentidos para conhecer as coisas.

A percepção (o conhecimento que nos vem dos órgãos dos sentidos) é falha. Quando penso que alguma coisa é real, eu posso estar apenas sonhando, tendo uma visão, posso estar com febre ou mesmo estar mergulhado na loucura.
Mas mesmo assim, pensou Descartes, mesmo tendo alucinações ou sonhando, pode ser que eu considere que alguma coisa que percebo pela visão ou pelo tato ou pela audição ainda assim derive de algo real.
Foi aí que Descartes introduziu na sua obra uma idéia tentadora e interessante.
E se existisse um gênio maligno, uma entidade do mal, disposta a me enganar todo o tempo?
A conclusão do filósofo foi imediata. Mesmo que esse gênio usasse toda sua indústria para nos passar a perna e nos fazer pensar que o que existe não existe e vice-versa, mesmo assim alguma coisa de real nos restaria. E essa coisa - a descoberta fundamental de Descartes - é o cogito: nossa capacidade de pensar.
Ainda que eu estivesse redondamente enganado, ainda assim eu seria essacoisa que pensa, essa coisa muito real que imagina, que sonha, que vê e que se engana redondamente. Mesmo que tudo seja falso, a existência de algo que pensa, que duvida, que se engana, é verdadeira.
Descartes concluiu assim que aquilo que pensa (o sujeito) é alguma coisa diferente daquilo que é pensado (o objeto). O raciocínio de Descartes, ao mostrar a autonomia do pensamento, permitiu o desenvolvimento de toda a filosofia que lhe sucedeu. A filosofia cartesiana é chamada de racionalismo e essa separação entre sujeito e objeto do pensamento deu origem ao que chamamos de filosofia moderna.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

A importância da filosofia no Ensino Médio

 Há ainda uma grande necessidade de focalizar a importância do estudo de Filosofia no Ensino Médio, visto ser algo resgatado recentemente e que ainda carece de uma maior conscientização quanto à sua importância. A ditadura militar na década de setenta impôs a suspensão do Ensino de Filosofia como mecanismo de controle social, sabendo-se que esta seria uma disciplina que dinamiza as estruturas do pensamento crítico. E, diga-se de passagem, que pessoas que não exercitam a sua criticidade facilmente se deixam iludir por crenças e ideologias de quinta categoria e, portanto se tornam facilmente manipuladas. 

 Aristóteles, sec. IV a.C., afirmava que a filosofia surge do espanto e da admiração. Podemos lecionar a Filosofia abordando acontecimentos comuns do cotidiano, como a violência, drogas, aborto, etc. Já que sua abordagem visa exercitar a capacidade crítica, devemos provocar questões que nos espantem, e causem admiração, por exemplo: Por que se mata uma pessoa para roubar um simples cigarro ou dois reais? Por que o uso do crack de baixo custo e altamente viciante está atingindo também os jovens da classe média alta? Deveria ser legalizado o aborto no Brasil?

 Dada a experiência de vivermos em uma sociedade utilitarista e pragmática, é uma conquista para uma maior valorização da Disciplina de Filosofia o fato de serem colocadas questões envolvendo o conteúdo de Filosofia no Enem desse ano, mas não podemos lançar o nosso olhar restringindo o domínio da Filosofia  apenas para fins utilitários e simplesmente pragmáticos, visto que a proposta maior é o preparo para o exercício da reflexão crítica e para a cidadania.
I

sexta-feira, 25 de março de 2011

Cultura de Massa, Erudita e Popular

Cultura de Massas é toda  cultura produzida para a população em geral — a despeito de heterogeneidades sociais, étnicas, etárias, sexuais ou psicológicas — e veiculada pelos meios de comunicação de massa. Enfim, cultura de massa, é toda manifestação cultural produzida para o conjunto das camadas mais numerosas da população; o povo, o grande público.





Cultura Erudita é a produção acadêmica centrada no sistema educacional, sobretudo na universidade. Trata-se de uma cultura produzida por uma minoria de intelectuais das mais diversas especialidades, e geralmente saídos dos segmentos superiores da classe média e da classe alta. A cultura erudita está ligada à elite, ou seja, está subordinada ao capital pelo fator de viabilizar esta cultura.



Cultura Popular se refere à interação entre pessoas de uma mesma sociedade, essa varia de acordo com as transformações ocorridas no meio social. Pode ter vários territórios que compartilham a cultura de sua nação formando uma nova, e também abrange todas as classes sociais.




Cultura de Massa para mim é o setor de comunicação que abrange revistas, jornais, televisão, propagandas, livros, filmes.
Cultura Erudita para mim é o sistema educacional que abrange a classe média, alta e está ligada à elite.
Cultura Popular para mim é entendida como o folclore que abrange o conhecimento, celebrações e valores que fazem parte de um povo, de um hábito de vida.

quinta-feira, 24 de março de 2011

O mito da caverna

O mito da caverna também chamada de Alegoria da Caverna, foi escrita pelo filósofo Platão.
Trata-se da exemplificação de como podemos nos libertar da condição de escuridão que nos aprisiona através da luz da verdade.

Platão não buscava as verdadeiras essências na simplesmente Phýsis, como buscavam Demócrito e seus seguidores. Sob a influência de Sócrates, ele buscava a essência das coisas para além do mundo sensível. E o personagem da caverna, que acaso se liberte, como Sócrates correria o risco de ser morto por expressar seu pensamento e querer mostrar um mundo totalmente diferente. Transpondo para a nossa realidade, é como se você acreditasse, desde que nasceu, que o mundo é de determinado modo, e então vem alguém e diz que quase tudo aquilo é falso, é parcial, e tenta te mostrar novos conceitos, totalmente diferentes.